elaine
silva
Para inspirar pessoas a construírem suas caixinhas de memórias












Você já percebeu a diferença entre o vínculo que criamos com as imagens digitais e as fotografias que revelamos?
Produzimos uma quantidade inimaginável de imagens ao longo da vida, mas quando queremos relembrar algum momento passado ou até compartilhá-lo com alguém, corremos para aquela caixinha velha, guardada no fundo do armário.
Comecei a pensar sobre a necessidade da fotografia impressa há pouco, e me dei conta de que corremos um sério risco de preceder gerações que não conhecem seu passado. Falo isso porque minha mãe guarda nossa infância (minha e de minha irmã) inteira naquela caixinha, a do armário, mas com a chegada da fotografia digital, boa parte dos registros da minha adolescência foram embora, junto ao Orkut.
Depois de algum tempo, e de muitas imagens perdidas ou esquecidas , percebo que o HD tem nos servido apenas como um quartinho de bagunças, enquanto as poucas fotografias que podemos tocar, carregam em si um valioso acervo de memórias afetivas.
Estou construindo minha caixinha de memórias e quero inspirar o máximo de pessoas a fazerem também. Esse é o real sentido da Memória Revelada: inspirar, trocar ideias, sentimentos e, quem sabe, fotografias.
Com afeto;
Elaine